Orquestra Clássica do Centro: 20 anos a valorizar a cultura em Coimbra
A “nossa orquestra”, como carinhosamente gosto de chamar-lhe, é um verdadeiro exemplo de perseverança, num caminho traçado com muito trabalho e superação de obstáculos. Enquanto orquestra profissional, apresentou-se, pela primeira vez, em dezembro de 2001 e, desde então, foram diversas as obras que interpretou, para um público crescente e cada vez mais interessado.
Com duas décadas de contributos para a democratização da cultura musical e para a promoção da prática e divulgação da música erudita, a OCC converteu-se, ela própria, num património da cidade de Coimbra. Ao longo deste tempo, cresceu e evoluiu, desempenhando, também, um importante papel pedagógico, colaborando, inclusivamente, no Programa Municipal Socioeducativo, Cultural Intergeracional, dirigido a crianças e idosos, com o objetivo de descentralizar a oferta educativa e fomentar a inclusão social, formando comunidades mais participativas e informadas.
A Câmara Municipal de Coimbra, além de apoio financeiro anual, confia à OCC a gestão do Pavilhão Centro de Portugal, que a entidade dinamiza com diversas atividades culturais, que não só a música, para valorização da cidade.
Coimbra, cidade candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027, ganha vantagem ao dispor de uma orquestra profissional. A OCC faz, certamente, parte deste nosso compromisso cultural diante de toda a Europa.
Para trás fica a memória de muito trabalho, recheado de estreias e novidades, de qualidade e de projetos bem materializados. Hoje, o desejo é de um futuro sempre promissor. A OCC é, sem dúvida, um projeto a longo prazo. Muitos parabéns!
In my opinion, live music performances instantly convey some of civilization’s most profound utterances. I think that classical music is transcendental in our society, in the life of any citizen, as it creates noble values, thanks to the music of the greatest composers of our history. I have been privileged to experience how the Orquestra Clássica do Centro is able to reach the audience’s emotions, helping to build a society that has the ability to identify and rediscover why being in a concert hall, listening to an orchestra is one of the most beautiful experiences in life.
A Orquestra Clássica do Centro merece particular gratidão e homenagem ao celebrar o seu vigésimo aniversário, em 2021.
A Orquestra Clássica do Centro é um dos mais bonitos, elegantes, robustos e representativos projetos artísticos e culturais da Região Centro do nosso país.
Bonito porque nos transporta com a sua música erudita para os compositores eternos que servem as referências consensuais do Belo para muitas gerações, povos e nacionalidades, a unidade de sentido que só a arte e a cultura nos podem dar.
Elegante porque a sua imagem, os seus músicos, a sua direção artística nos transmitem sofisticação, simplicidade, leveza e carácter, uma personalidade forte e única, uma identidade de elevada distinção.
Robusto porque bem conseguido, muito bem dirigido, na organização e na estratégia, com brilhantes provas dadas ao longo dos seus já longos vinte anos de atividade ininterrupta, através de concertos memoráveis, com a participação de músicos de elevadíssima qualidade, no instrumental e no canto, através da divulgação de obras inesquecíveis, através da pedagogia de conquista de novos e amplos públicos para a música clássica.
Representativo da Região Centro porque, para além do mais, é um Orgulho merecido da Região e também de Coimbra, onde tem a sua sede e onde recebe um apoio fundamental. Coimbra e a Região Centro gostam de mostrar o que têm de melhor, embora – valha a verdade – vezes demais não saibam valorizar devidamente esse património de representação. A Orquestra Clássica do Centro tem representado a Região no país e fora dele, com muito brilho, em numerosos eventos ao longo de toda a sua existência. É um inestimável cartão de visita de muita qualidade. Como presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, com jurisdição no território da Região, posso bem testemunhar o valor dessa representação regional na parceria que o Tribunal e a Orquestra têm mantido nas ações de comunicação cultural da Justiça. A Orquestra é, sem dúvida, uma Orquestra Regional e bem merece esse reconhecimento.
Dou os meus sinceros parabéns, com muita admiração, à Orquestra pelos seus vinte anos e à sua grande dirigente e incansável ativista cultural Emília Martins.
A Orquestra Clássica do Centro, na sua esclarecida visão de novos projetos e parcerias, conseguiu na minha área da Justiça um feito extraordinário e nunca visto. Em todo o país, com o apoio organizativo de vários tribunais do país, entre os quais todos os Tribunais da Relação, acontecem e acontecerão durante pelo menos dois anos, com financiamento da Direção Geral das Artes, muitos concertos da Orquestra nos principais Palácios da Justiça nacionais (entre os quais o Palácio da Justiça de Coimbra), contribuindo para a divulgação do património da justiça e para a criação de novos públicos, num programa que mereceu o significativo nome Concertos da Justiça.
Se o programa vingar, como espero e apesar das limitações da pandemia, deverá continuar durante muitos anos e constituir um marco cultural de grande significado.
Por tudo isto, como presidente da Relação de Coimbra estou grato, a Justiça está grata, à Orquestra Clássica do Centro e ela presto a minha homenagem
Coimbra, junho de 2021
Tenho viva recordação do início, há vinte anos, da “Orquestra Clássica do Centro”. Foram muitas esperanças e entusiasmos que se realizaram, mas com muitas canseiras que também foram vencidas com trabalho, empenho e crença no sucesso. Quantas incompreensões foram toleradas para que este “projeto” saísse e se mantenha ainda vencedor(!?)
OCC conseguiu forte identidade própria pelo seu mérito e por quem a dirige desde o seu início. É uma associação valiosa em prol do ambiente cultural da cidade de Coimbra e sua região. “Emília Martins” é a personalidade vitoriosa de todos quantos contribuíram para este bom percurso da OCC a qual vem preenchendo com elevado nível os desejos de uma alargada e diversificada audiência que a todos delicia com as suas exibições.
PARABENS OCC PELOS SEUS 20 ANOS DE EXISTÊNCIA.
A OCC comemora 20 anos e merece ser felicitada.
Para mim é a melhor coisa que existe em Coimbra!
Quando vim de Lisboa para Coimbra, em 1979, senti a falta da família e dos amigos, do mar e da música clássica. Criei a minha própria família e fiz muitos amigos, passei a deslocar-me várias vezes por semana para ir ao mar, mas a música faltava-me sempre.
Foi com a OCC que a música regressou à minha vida, mas não é só por isso que esta orquestra é digna de ser aplaudida.
Noutros tempos lá em Lisboa havia a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional e com ela eu vi tocarem os violinistas Yehudi Menuhin, Isaac Stern e David Oistrack. Vi os pianistas Sérgio Varela Cid, Arthur Rubinstein, Wilhelm Kemppf e Maria João Pires. Vi a orquestra ser dirigida pelos maestros Fritz Rieger e Lorin Maazel. Vi estes e muitos mais e apreciei todos, uns mais do que os outros. Soube fazer as minhas escolhas, como por exemplo Lorin Maazel, que foi considerado por mim o melhor maestro durante várias décadas. Mas também vi muitas outras orquestras e algumas não tive dúvidas em classificar como melhores que a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Destaco a Orquestra Filarmónica de Berlim dirigida por Herbert Von Karajan, a Orquestra Filarmónica de Viena dirigida por Claudio Abado e a Orquestra Filarmónica de Filadélfia dirigida por Eugene Ormandy, entre outras.
Hoje as orquestras não precisam de vir cá. Embora eu tenha readquirido o hábito, desde que me aposentei, de ir a concertos a outras cidades ou mesmo ao estrangeiro, é fácil ver e ouvir com óptima qualidade de som as grandes orquestras que existem no mundo e por isso tenho a certeza que a OCC é uma orquestra de grande qualidade.
A ópera faz parte da música clássica e Coimbra tem hoje uma orquestra digna dum teatro de ópera e um grande auditório no Convento de S. Francisco que permite fazer espectáculos de ópera.
Quando o TNSC tinha a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, lá actuaram os melhores cantores do mundo. Não consigo recordar todos os que vi, mas lembro-me de Renata Scotto, Alfredo Kraus, Franco Corelli, Elena Suliotis, Fiorenza Cossotto, Ivo Vinco, Carlo Bergonzi, Monserrat Caballé, Joan Sutherland e não esqueço Maria Callas, apesar de não a ter visto por ser ainda muito pequena, mas possuo a gravação dessa récita.
Com certeza que os grandes cantores da actualidade se viessem a Coimbra teriam todo o gosto em cantar com a OCC, como Roberto Alagna, Juan Diego Flórez, Jonas Kaufmann, Anna Netrebko, Lisette Oropesa, Elina Garanca, Javier Camarena, Pretty Yende e muitos outros.
Faço votos para que nos próximos anos a OCC possa aumentar ainda mais o seu prestígio e valor cultural intensificando a programação instrumental e ampliando o canto.
Muito obrigado pela música maravilhosa que me têm proporcionado e muitos parabéns à Orquestra Clássica do Centro e à sua dirigente a Dra. Emília Martins.
ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO!
Foi uma magnífica e bela surpresa,
Encontrar ali, à beira do Mondego,
Algo por que senti um forte apego…
Feita de pessoas de tão rara beleza,
Uma orquestra da alma aconchego…
Improvável mas muito consistente,
Foi a franca e notável colaboração
Tida com a brigada de intervenção…
E até houve protocolo permanente…
A orquestra e o exército que união!
Porque a música sabe fazer sonhar,
Sobe o moral, faz a angústia partir…
E diz que ajuda a coragem a surgir…
A música e o exército andam a par!
E ali nasceu esse exemplo a seguir…
Desde cedo, desde a primeira hora,
Senti uma forte, generosa abertura,
Em nome da música, que é cultura…
Foi naquele tempo e ainda é agora,
Exemplo de grandeza que perdura!
Da memória muita emoção emana!
Recordo-me com a lágrima a rolar,
Numa noite de verão, à luz do luar,
Do belo concerto lá em Santa Ana!
Os olhos até riem e ficam a brilhar…
Ou os concertos em cada novo ano…
Onde a música, como óleo em tela,
Pintava a alma e parecia dona dela…
Ali não há lugar a nenhum engano!
Há uma orquestra a sério! E é bela…
Mesmo no meio duma tempestade,
Sabe o que quer e por isso alcança…
E sendo o presente fiel da balança,
Daquilo que passou fica a saudade…
Mas do que virá nasce a esperança…
E que futuro tão brilhante, risonho,
Para a orquestra viver e conquistar…
Vinte anos é a idade para acreditar,
Para se deixar ir nas asas do sonho…
E para lá do horizonte partir a voar…
Sendo a música a Arte da combinação de ritmos e sons, é considerada uma prática cultural e humana como uma Arte de Representação, uma Arte do Espectáculo, uma Arte Sublime. E é neste contexto de Arte que eu tenho tido a honra de colaborar ultimamente com a Orquestra Clássica do Centro. Estando de Parabéns neste ano de 2021 pelos seus 20 Anos de existência ininterrupta, a OCC tem criado laços de Fraternidade e Partilha entre Pessoas e Povos durante todo este tempo, em forma de Voz desta magnífica Arte. Os tão aplaudidos concertos que têm sido realizados pelo nosso País e pelo Estrageiro, tem como Pensamento Universal, a mais Preciosa Mensagem de que o Ser Humano necessita para as suas vidas: a Harmonia, a Paz e o Amor. É desta forma que eu revejo a OCC em Harmonia, Paz e Amor, por todos aqueles que nela trabalham, que nela operam e que nela dão também a sua Vida e Arte.
Na vida de um ser humano, e nas maioria dos países, ter entre 18 e 21 anos significa que já se atingiu a maioridade e que mente e corpo estão mais do que prontos para enfrentar os desafios da vida. Uma orquestra, constituída pelos corpos e mentes dos seus músicos, também necessita desse tempo para chegar ao pleno das suas possibilidades. E assim, a OCC, a orquestra da terra que viu nascer um dos maiores e mais internacionais compositores portugueses de sempre, Carlos Seixas, agora que completa 20 anos de existência, está pronta para voar. No âmbito da rica cultura europeia, na qual a música clássica nasce, uma orquestra é um símbolo de cultura e civilização, mas não só. Também é um símbolo de concórdia, de trabalho em conjunto para o bem de todos. Ao contrário de clubes, exércitos e partidos, uma orquestra é um conjunto de pessoas que se empenham em algo que não visa o conflito, físico, ou de ideias. O único objectivo de uma orquestra é servir a música e levar a beleza desta a todos. Uma orquestra, para funcionar bem, para atingir esse objectivo, não pode descriminar cores de pele, nacionalidades, religiões, sexos ou outras diferenças que, na verdade, nada importam, mas pelas quais muitos seres humanos ainda hoje em dia estão prontos a sofrer e a fazer sofrer outros seres humanos. Contra o racismo, a descriminação, o ódio, uma orquestra é um oásis de tolerância, respeito e amor, de uns pelos outros, e pela música. A música é o contrário do ódio, e precisamos cada vez mais dela no nosso tempo. Parabéns OCC!
O poder da música transcendente qualquer necessidade de criar regras sociais, cívicas porque a sua natureza é harmoniosa, baseada no respeito das diferenças, sublimando a beleza da união através desta linguagem universal, que é a música. Os 20 anos da OCC são a verdadeira partilha dessa magia pacificadora, em que o discurso é compreendido por todos e que faz ecoar um uníssono tolerante e, ao mesmo tempo, libertador. Pessoalmente, guardo verdadeiros tesouros das vivências musicais partilhadas em palco com estes músicos, direção, recursos humanos. Um bem haja por estes 20 anos de tanta dádiva e parabéns pelo contributo cultural que enaltece este país!
Nunca tive aptidão para a música, com grande mágoa. A minha vivência musical é, talvez por isso, muito marcada pela gratidão e pelo reconhecimento da capacidade de criação humana. A OCC tem-me proporcionando momentos musicais únicos, que agradeço. Considero que este é um dos projectos culturais mais extraordinários e melhor dirigidos da cidade de Coimbra, mas não tem sido fácil o seu caminho; pelo contrário. Sobreviveu às adversidades e foi-se progressivamente afirmando pela qualidade, na cidade e na região. Este percurso ganhador, que muito deve a uma directora excepcionalmente competente e comprometida, justifica agora um apoio claro, estável e programático por parte das entidades públicas responsáveis pela divulgação e promoção da cultura em Portugal.
A Orquestra Clássica do Centro é hoje um motivo imprescindível da vanguarda cultural da cidade de Coimbra. A música erudita que alimenta a sábia curiosidade do nosso intelecto coletivo, não apenas torna indispensável a vida desta instituição na construção diária da nossa polis, como transpõe os nossos sons para um patamar de sofisticação social que importa preservar. A resiliência dos seus profissionais e a consistência do seu projeto, resultam num amor próprio que a cidade deve estimar todos os dias.
A música aproxima a terra do céu e diz a cada um de nós que uma eternidade que nos habita. Cada clave, entre linhas e espaços, entre colcheias e pausas… pode fazer de uma pauta um daqueles momentos que valem a vida toda. A verdadeira crise não é a falta de dinheiro mas a falta de esperança. Por isso, neste tempo e nesta ano de 2012, a Orquestra Clássica do Centro pode ser um dos melhor sinais de esperança para esta nossa Cidade de Coimbra. A música eleva-nos como humanidade e re-constrói o horizonte do sentido.
Alguém disse, um dia, que a Música exprime o grau de desenvolvimento de uma civilização . A Orquestra Clássica do Centro já é um Património de que nos orgulhamos. Como cidadão e ” Músico” que já fui , estou grato e sei que vão continuar !
A OCC através da sua música já nos conquistou, na cidade de Coimbra; quando a ouvimos preenche-nos o coração de paz e alegria. Tem assim contribuído para divulgar e enaltecer de forma superior esta coisa mágica, que é a musica.
Abriu-se a “porta” e entra uma lufada de sensibilidade musical que constituiu a O.C.C. Vontades e liderança efectiva construiram um “Projecto”. A Orquestra Clássica já está no caminho acompanhada de muitos amigos. O apoio de abraços e amizade é importante mas o sustentação do “Projecto” dar-se-á com apoios concretos. A “Música” é um ideal, mas a “cultura de sensibilidades” que lhe advêm é um tesouro. Informemos desta dádiva uns aos outros para aperfeiçoar e fazer crescer em direcção ao sucesso este “Projecto”, a “ OCC”.
Estou a olhar Coimbra abrigada pela torre da Universidade e, na sua beleza, descubro um fervilhar cultural, cruzamento de popular e erudito, que junta cumplicidades populares e académicas de quem a quer ver crescer. E a propósito, recordo George Braque quando disse que “o vaso dá uma forma ao vazio e a música dá uma forma ao silêncio …” Parabéns à Orquestra Clássica do Centro (O.C.C.) que tão sabiamente soube encontrar essa forma: preencher um vazio e dar voz ao silêncio da nossa Cidade.
Coimbra, prenhe de riquezas culturais, orgulhosa dos seus pergaminhos históricos, emoldurada nas virtualidades de grandes e universais mestres e compositores musicais, depositária de grandioso e qualitativo património na área da música ( … ) deve assumir-se, também, como cidade produtora e exportadora de cultura musical, apoiando inequivocamente quem a pode realizar, logo apoiando, sem reticências, a Orquestra Clássica do Centro, um pilar importante e imprescindível para operar essa missão. . Acreditamos que a cidade saberá compreender que a OCC é uma das marcas da grandeza de Coimbra e multiplicará os seus apoios institucionais e particulares. Coimbra, sem a Orquestra, seria um corpo a que faltava um elemento de prestígio, de orgulho e de auspicioso futuro.
A Orquestra Clássica do Centro conta já, em 2015 com 14 anos de actividade ininterrupta. São estas as palavras que definem este nosso percurso: determinação, entusiasmo e confiança na ideia de que o projecto, que defendemos, é fundamental para a Cidade, para a Região, para as Pessoas. Fomentar a cultura musical, dimensionar a vertente pedagógica e conferir apetência para ouvir e apreciar música erudita, continuarão a ser objectivos prioritários deste projecto. Pretendemos dar-lhe continuidade, insistindo na vertente pedagógica e na possibilidade de atracção de novos públicos. Critérios de qualidade, de consistência de gestão das actividades e capacidade de obtenção de outras fontes de financiamento, continuarão a ser nossa preocupação. Procuraremos garantir uma maior igualdade de acesso às criações e produções artísticas por forma a atenuar as assimetrias regionais e atenuar os desequilíbrios sociais e culturais, promovendo uma partilha solidária de responsabilidade entre os agentes culturais e o Estado, as Autarquias locais, instituições de ensino e outras Instituições, criando condições que permitam o acesso das pessoas a novas oportunidades de fruição cultural e ao pluralismo da criação artística.
É sabido que o contexto é fundamental para o desenvolvimento de uma qualquer sociedade. A Cultura é um elemento principal de tal contexto e a música um elemento cultural muito relevante. A Cultura é, de facto, alimento essencial para uma sociedade que se quer assente em conhecimento. Ela é nutriente decisivo para que uma tal sociedade possa germinar e, depois, fixar-se, consolidar-se, desenvolver-se. Em resumo, a nossa região terá dificuldade em construir conhecimento, em desenvolver uma sociedade e uma economia nele baseada, sem uma aposta continuada que permita desenvolver um contexto cultural rico e estimulante. Temos uma história milenar expressa de forma arrebatadora no património que nos rodeia OCC que é também cultura. O seu potencial enquanto factor de contexto é enorme o potencial que resulta da possibilidade de usufruir a história inspiradora que está por detrás dele. O potencial que a música tem na criação do contexto cultural certo é enorme também o potencial que resulta do poder da música para nos elevar e engrandecer. Juntos, eles podem ser, então, um factor de contexto muito poderoso para a promoção de uma sociedade exigente, ambiciosa, voltada para a excelência. A ligação da música com o património tem um papel a desempenhar para além da contribuição para o desenvolvimento de uma melhor sociedade. O património artístico e paisagístico da Região Centro tem, de facto, um valor turístico muito elevado. Para dele tirar partido não basta apresentar as nossas cidades com história; é preciso criar contextos diferenciadores para o usufruto desses locais. E aí, de novo, a ligação com a música tem um potencial evidente. Em resumo, o património histórico, monumental e paisagístico da região, tornado maior pela sua ligação a eventos musicais, pode ajudar a desenvolver economicamente a região. Não apenas porque ela ajuda a fixar elementos qualificados, que para se fixarem valorizam os elementos de contexto, mas pela sua capacidade de gerar directamente riqueza, postos de trabalho e dinâmica económica. Para que tal possa acontecer, temos que agir. Nós. Todos nós. Mais do que nunca não podemos contar com as políticas públicas. Mais do que nunca temos que ser capazes de tirar partido de uma janela de oportunidade que, acreditamos, ajudará a tornar esta região num espaço fervilhante, único, especial. Um espaço de conhecimento, cultura e riqueza. Para além da contribuição decisiva para a promoção do desenvolvimento da sociedade em que vivemos – que se traduzirá em mais, no futuro, para nós e para os nossos filhos – acreditamos que a adesão a este projecto como Mecenas propiciará satisfação pessoal, e também prestígio, que resultam da associação a actividades culturais de qualidade.