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Concerto – 3 JUN

Concerto – 3 JUN

Orquestra Clássica do Centro

Danny Leite, Barítono*
Carlos Alves, clarinete

Maestro Sergio Alapont

Programa
G. F. Handel – Música aquática – Suíte Nº 1
G. F. Handel – The Messiah – But who may abide *
W.A. Mozart – Don Giovanni – Madamina, il catalogo è questo*
Copland – Clarinet Concerto

*vencedor do concurso nacional de canto 2022
organizado pelo Conservatório de Música de Coimbra

 


CARLOS PIÇARRA ALVES

É atualmente Clarinete Principal Associado na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Professor Principal de Clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Foi Artista e Professor Convidado da Universidade do Estado do Arizona (EUA) em 2009 e 2010.

Curso Superior na Esmae, na classe do Prof. António Saiote e Prix de Perfectionement á Unanimité du júri au Conservatoire Superior de Region de Versailhes na classe do Prof. Philipe Cuper.

Fez Master Class com Walter Boykens, Guy Deplus, Philipe Cuper, Guy Dangain, Michel Arringhon, Michel Collins e Paul Mayer.

Foi Director Artístico do Festival Internacional de Música de Paços de Brandão de 2009 a 2012.

Em Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, no ciclo Master Pieces, foi convidado a ser o solista da estreia mundial do Concerto para Clarinete e Orquestra de Mário Laginha.

Em 2013 foi nomeado para o Júri da Direção Geral das Artes na área da Música.

Em 2015 no Concerto de Gala do Congresso Mundial de Clarinete em Madrid, foi o solista juntamente com Philippe Cuper e a Banda Sinfónica de Madrid na estreia da obra Lara de González Moreno.

Em 2016 foi o solista português na apresentação da Candidatura de Craiova na Roménia a Capital Europeia da Cultura tendo tocado a solo com a Orquestra Sinfonica de Ontélia no Grande Ciclo Europe Seasons.

Em 2017 foi solista  com a Banda Paramense no Concerto de Gala do Congresso Europeu de Clarinete no Porto.

Em 2018 tocou a solo e gravou em CD, o concerto para clarinete e orquestra de Mario Laginha com a Orquestra Gulbenkian de Lisboa.

Em 2019 em Paris foi galardoado com o Prix Musique Classique pelo  Institut du Monde Lusophone.

Em Dezembro de 2019 e Junho de 2020 foi solista com a Orquestra Sinfónica do Porto  na Casa da Música com o Concerto de A. Copland.

Foi premiado nos mais importantes Concursos Nacionais, 1o Prémio no Prémio Jovens Músicos, 1.o Prémio Juventude Musical Portuguesa e 1o Prémio no Concurso do Festival Internacional Costa Verde.

Em 2021 criou o projeto do Festival Internacional de Clarinete de Castelo Branco, do qual é o Diretor Artístico.

Em 2021 fez a estreia mundial do Concerto Ibérico de José-Salvador Gonzalès-Moreno com a Banda Sinfónica da Branca.

Foi Premiado nos Concursos Internacional de Roma e Concurso Internacional Aurelian Octav Popa na Roménia, abraçando, desde logo, uma intensa carreira solística e de música de câmara, que se expande internacionalmente por países como EUA, Rússia, Alemanha, Áustria, Holanda, Noruega, França, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Macau, Brasil, etc.

Tocou a solo com a Orquestra Gulbenkian de Lisboa, Orquestra Clássica do Porto, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Nacional do Porto, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Sul, Orquestra Artave, Orquestra Sinfónica de Constanza na Roménia, Orquestra Sinfonica de Ontélia na Roménia e a Orquestra J. Futura em Itália, Orquestra Templários, Banda Sinfónica de Madrid, Banda da Guarda Nacional Republicana, Banda Sinfónica Portuguesa e Banda Sinfónica da Branca.

Nos seus trabalhos discográficos destaca-se a gravação para a EMI Classics do Concerto para Clarinete e Orquestra de Mozart com o Maestro Rui Massena e a Orquestra Clássica da Madeira. Gravou também as Integrais II para clarinete solo de João Pedro Oliveira, a convite do próprio compositor. Tem um CD que foi realizado com Caio Pagano, Daniel Rowland, Caterine Stryncx e Paulo Álvarez, com obras de Olivier Messiaen (Quarteto para o Fim dos Tempos) e Béla Bartok (Contrastes) para a etiqueta Numérica. No seu CD gravado nos EUA, Recital in the West (2010), na companhia do consagrado pianista Caio Pagano, a imprensa norte americana encontrou a melhor interpretação da primeira sonata de Brahms: “Esta é sem dúvida a melhor versão da Sonata de Brahms que já ouvi. Carlos Alves extrai do clarinete um som belíssimo e soberbo, com um excelente sentido de frase musical ao longo de toda a obra” (Arizona Republic, julho de 2010). É membro fundador do Arte Music Ensemble com o qual gravou o seu ultimo disco Divine.

No Teatro Nacional de São João, Carlos Piçarra Alves musicou ao vivo Figurantes de Jacinto Lucas Pires e D. Juan de Moliére, destaca-se também a sua participação em Sombras, espetáculos com encenação de Ricardo Pais.

Carlos Piçarra Alves é artista Buffet Crampton e Vandoren, é considerado internacionalmente um dos clarinetistas mais relevantes da atualidade.


Georg Friedrich Händel – Música Aquática, Suite em Fá

A “Música Aquática” de Händel é uma obra escrita pelo compositor especificamente para acompanhar a corte do Rei Jorge I ao longo de um dia de passeio e festa pelo Tamisa. Terá sido uma encomenda específica do monarca, que era simultaneamente príncipe-eleitor de Hanover, e como tal patrono do famoso compositor alemão. Esta obra é composta por três suites, sendo a primeira, a Suite em Fá, possivelmente a mais conhecida e mais representativa das caraterísticas e circunstâncias especiais para as quais foi escrita, nomeadamente ao ar livre e com os músicos dentro de barcos que navegavam pelo rio. Estas condicionantes levaram Händel a criar na primeira suite uma sonoridade robusta em termos acústicos, com uma orquestração rica e colorida, mas em simultâneo mantendo uma perspectiva de interacção camerística nos seus intervenientes, permitindo que os músicos pudessem gerir entre si a performance da obra, mesmo que o compositor não pudesse ajudar na direccção musical, por estar a prestar a devida vassalagem à coroa do seu patrono, noutra barca. Com uma abertura de efeito impressionante ao estilo francês, seguida de um Adagio esplendido, sucedem-se vários andamentos, incluindo danças palacianas, destacando-se a meio da obra uma Aria de extrema delicadeza melódica, antes de retomar o espírito festivo, concluindo finalmente com um Allegro que adequadamente se poderá apelidar de majestoso.

Georg Friedrich Händel – O Messias

A par com Bach e Telemann, Händel foi um dos mais importantes compositores alemães do período Barroco, com um catálogo de obras muito vasto, incluindo repertório concertante, litúrgico, operático e de câmara.
Entre as suas obras mais famosas nos dias que correm, o “Messias” será porventura a que mais facilmente é reconhecida pelo público em geral. Curiosamente, na época, após um sucesso considerável na sua estreia em Dublin, as primeiras récitas em Londres não encontraram a mesma repercussão, uma vez que a obra se apresentava com um tipo de conceito inovador ao qual o público não estaria ainda preparado para digerir. Trata-se de uma obra com um tema religioso mas não de carácter litúrgico, não sendo música sacra, nem se enquadrando nos vários formatos dos missais, fossem católicos apostólicos romanos ou protestantes. Os próprios textos da obra são uma recolha e mistura entre passagens do Velho e do Novo Testamento, onde o compositor pretendeu descrever a vida de Jesus Cristo, à luz da sua própria crença e fé cristã, mas igualmente correspondendo aos conceitos messiânicos judaicos, tornando assim o Oratório numa obra mística que, tendo uma mensagem de paz, de luz e de elevação, destinava-se não obstante ao contexto de “espetáculo” ou concerto, abrangendo assim um espectro maior de público.
Arias como “But who may abide” ou “Rejoice greatly” são muito representativas desse mesmo conceito da primazia à mensagem ecuménica da luz e elevação do espírito de toda a Humanidade por igual, e para além do virtuosismo vocal denotam também os traços refinados da escrita de cariz mais operático de Händel, que nesta obra se revelam essenciais na missão de nos contar a narrativa do Messias.

Wolfgang Amadeus Mozart – Don Giovanni, “Madamina, il catalogo è questo”

Entre as grandes óperas da maturidade, Don Giovanni ocupa um lugar especial na obra de Mozart. Aparentando ser essencialmente uma ópera cómica, termina com um final inusitado para a época, de tal modo que a versão original foi censurada e o compositor obrigado a escrever um final diferente. Felizmente, poucos anos após a sua morte, a versão original foi restaurada e autorizada nos teatros de ópera, e até hoje se mantem intacta.
Na presente Aria, Leporello, servo de Don Giovanni, mostra a Donna Elvira, que Don Giovanni seduziu e abandonou, um livro onde anota cuidadosamente todas as conquistas do seu patrão, começando por lhe mostrar os números astronómicos de conquistas distribuídos por cada país, e depois desenvolvendo as técnicas de abordagem, concluindo o retrato com a ideia de que tanto faz, podem ser velhas ou novas, ricas ou pobres, gordas ou magras, bonitas ou feias, do povo, do campo, da cidade, nobres ou princesas, desde que usem saias todas são do interesse do seu amo, todas lhe são irresistíveis. Entre a sátira e a beleza melódica, sente-se na escrita desta Aria um jogo em que Mozart nos coloca perante um cenário ora jocoso, ora repreensível, ora delicodoce.

Aaron Copland – Concerto para Clarinete e Orquestra

De ascendência lituana (o seu pai alterou o nome Kaplan para Copland quando emigrou) Aaron Copland nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, em 1900, e em conjunto com Charles Ives e George Gershwin forma o trio dos mais importantes compositores americanos do início do Séc XX, tendo sido inclusive um activo percursor e fomentador de uma “escola nacional” em termos estéticos, à semelhança do que se passou na Europa nos finais do Séc. XIX.
O Concerto para Clarinete e Orquestra, para além de ser uma das obras mais famosas do compositor, é uma autêntica peça de antologia dentro do repertório para clarinete. Tendo sido encomendado pelo fabuloso clarinetista Benny Goodman, este concerto foi escrito a pensar especificamente no solista, e destacou-se em especial na junção da música contemporânea com as influências do jazz e da estética do folk e blues americanos, abrindo novos horizontes na música e na composição. Tanto em termos de virtuosismo excepcional como em termos de criatividade, estamos perante uma obra referencial de Copland e um monumento aos clarinetistas.

Notas de programa por Rodrigo Queirós.

 

The event is finished.

Data

Jun 03 2023
Expired!

Hora

18:00

Local Time

  • Timezone: Europe/Lisbon
  • Data: Jun 03 2023
  • Time: 18:00

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Local

Grande Auditório do Conservatório de Música de Coimbra
Conservatório de Música de Coimbra, Rua Pedro Nunes, Coimbra
Categorias

Organizador

Orquestra Clássica do Centro
E-mail
occ@orquestraclassicadocentro.org
Website
https://www.orquestraclassicadocentro.org

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