Concerto Transcendente
No âmbito das comemorações do 20º aniversário da Orquestra Clássica do Centro, encomendamos a um compositor de referência da atualidade nacional e internacional Sérgio Azevedo, natural da Cidade de Coimbra , obras que se inspiram e homenageiam personagens marcantes da História de Coimbra, de Portugal e do Planeta e cujos aniversários também celebram.
Falamos dos 750 anos do nascimento de Isabel de Aragão, Rainha de Portugal e padroeira da Cidade de Coimbra – a obra tem a designação de Transcendente,
e sobre Ludwig van Beethoven, não tendo sido possível fazê-lo em 2020 aquando da celebração dos 250 anos do seu nascimento, será apresentada em estreia também neste concerto a obra O Senhor Ludwig sonha com cornetas acústicas.
Ambas são estreias absolutas e resultam da encomenda desta orquestra ao compositor Sérgio Azevedo, que fará os comentários a este concerto.
Além das duas estreias absolutas, serão ainda interpretadas de Ludwig van Beethoven a sua Sinfonia nº1 em Dó Maior, Opus 21 e de Wolfgang Amadeus Mozart o Concerto para Piano nº12, em Lá Maior, K 414 , tendo como solista a pianista Diana Botelho Vieira. O Maestro convidado é José Eduardo Gomes
O concerto terá lugar nos magníficos claustros do Mosteiro de Santa Clara – a – Nova, às 20h do dia 20 de junho, com reserva de bilhetes através do site www.orquestraclassicadocentro.org ou presencialmente no Pavilhão Centro de Portugal a partir das 14h30 do dia 15 de junho.
A Orquestra Clássica do Centro realizou o seu concerto – estreia em 2001.
Em 2021 celebra os seus vinte anos de atividade ininterrupta.
Orquestra Clássica do Centro
Piano: Diana Botelho Vieira
Maestro: José Eduardo Gomes
Comentários de Sérgio Azevedo
Programa
Sérgio Azevedo (1968)
Transcendente (2021) Estreia Absoluta *
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Concerto para Piano nº12, em Lá Maior, K 414 (1782)
Sérgio Azevedo
O Senhor Ludwig sonha com cornetas acústicas (2020) Estreia Absoluta *
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia nº1, em Dó Maior, Opus 21
* Encomendas da OCC, a assinalar respectivamente os 750 anos do nascimento da Rainha Santa Isabel e os 250 anos do nascimento de Beethoven
Sérgio Azevedo nasceu em Coimbra, Portugal, em 1968. Estudou Composição com Fernando Lopes-Graça na Academia de Amadores de Música e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) com Constança Capdeville, escola onde concluiu o Curso Superior de Composição com nota máxima. Ganhou vários prémios nacionais e internacionais, entre os quais o “United Nations Prize” e o “Prémio Autores” (SPA) de 2010, e as suas obras são regularmente encomendadas e tocadas por prestigiosos intérpretes e orquestras, estando presentes em mais de 40 CD’s. Publicou dois livros, “A Invenção dos Sons” e “Olga Prats – Um Piano Singular” , escreve para “The New Grove Dictionary of Music and Musicians” e criou várias séries de programas para a RDP – Antena 2. Colabora ainda frequentemente com o
Teatro Nacional de São Carlos e com a Fundação Calouste Gulbenkian na apresentação e comentário de concertos e na elaboração de notas de programa. Sérgio Azevedo é Doutorado pela Universidade do Minho e, desde 1993, professor de Composição e Orquestração na ESML. A sua música é publicada pela AVA – Musical Editions (www.editions-ava.com).
Diana Botelho Vieira nasceu na ilha de São Miguel, Açores, em 1984. Teve como principais professores de piano Irina Semënova (Conservatório Regional de Ponta Delgada), Alexei Erëmine (Academia Nacional Superior de Orquestra), e Ludmila Lazar (Chicago College of Performing Arts). Apresentou-se como solista com a Orquestra de Câmara do Conservatório de Ponta Delgada, com a Orquestra Académica Metropolitana e com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, sob a direção dos maestros Yuri Pankiv, Jean-Marc Burfin e Nikolay Lalov. Foi laureada no Prémio Jovens Músicos – RDP Antena 2 na categoria Piano, sendo também detentora do Búzio Revelação (Expresso das 9) e Prémio Cultura (Correio dos Açores). Apresentou-se em recitais de piano e de música de câmara em Portugal, Espanha, França, Estados Unidos da América e América do Sul. Lançou em 2018 o seu primeiro CD, “A toque de caixa”, com música para piano para crianças de Sérgio Azevedo. Presentemente é professora de piano na Academia de Música de Lisboa. (website: www.dianabotelhovieira.com)
José Eduardo Gomes, foi recentemente laureado com o 1º Prémio no European Union Conducting Competition, tendo ganho igualmente o prémio Beethoven no mesmo concurso. É maestro titular da Orquestra Clássica da FEUP e Professor na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, onde trabalha com as várias Orquestras. Foi maestro titular da Orquestra Clássica do Centro (2016 a 2018), maestro associado da Orquestra Clássica do Sul (2018/2019), maestro titular do Coro do Círculo Portuense de Opera, no Porto (2011 a 2017) e maestro principal da Orquestra Chambre de Carouge, na Suíça, (2008 a 2011). Iniciou os seus estudos musicais no clarinete em V. N. Famalicão, sua cidade natal. Mais tarde, continuou estudos na ARTAVE e ESMAE, onde se formou na classe do Prof. António Saiote, tendo recebido o Prémio Fundação Engenheiro António de Almeida. Mais tarde, prosseguiu estudos na Haute École de Musique de Genève (Suíça), em direção de orquestra com Laurent Gay e em direção coral com Celso Antunes. É laureado em diversos concursos, onde se destacam o Prémio Jovens Músicos, Categoria Clarinete e Música de Câmara e Concurso Internacional de Clarinete de Montroy (Valência). É igualmente laureado do Prémio Jovens Músicos, Categoria Direção de Orquestra, onde recebeu também o prémio da orquestra. Foi semi-finalista no 1º Concorso Citta di Brescia Giancarlo Facchinetti (Itália). José Eduardo é membro fundador do Quarteto Vintage e do Serenade Ensemble. Nos últimos anos, tem sido convidado para trabalhar com as principais orquestras portuguesas, atuando nos mais destacados festivais de música em Portugal, tais como Dias da Música, Festival de Sintra, Festival PJM, Festival Cantabile, Festival de Música de Leiria, FIMA, Festival das Artes, Música no Colégio, Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães, entre outros. No domínio da ópera, já participou em várias produções, tais como Mozart Don Giovanni e Cosi Fan Tutte, Verdi Luisa Miller, Haydn Lo Speziale, Marcos de Portugal La Donna di Genio Volubile. Outra parte importante do seu trabalho édedicado a orquestras de jovens, um pouco por todo o país. Em 2018 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural pela Cidade de V.N. Famalicão.
A Orquestra Clássica do Centro (OCC) apresentou-se pela primeira vez, enquanto orquestra profissional, profissional, em dezembro de 2001. Tem contado com o contributo solístico e de regência de notáveis figuras do nosso panorama musical como Jan Wierzba, Cesário Costa, Rui Massena, José Eduardo Gomes, Luís Carvalho ou Martin André Sérgio Alapont, Marina Pacheco, Paulo Ferreira, Mário João Alves, Elisabete Matos, Dora Rodrigues, Patrícia Quinta, Nelso Ebo, Dejan Ivanovic ou Marta Menezes. Tem encontrando também meios para, pontualmente, produzir concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica. Também tem vindo a multiplicar a atuação de formações de câmara (trios, quartetos e quintetos, entre outras), disponibilizando assim um leque variado de programas /repertórios, em função das circunstâncias e/ ou l ocais. Organizou concursos e conferências e festivais para além das atividades exclusivamente concertísticas. Em maio de 2014, deslocou-se a Cabo Verde, a convite do Ministro da Cultura de Cabo Verde Mário Lúcio de Sousa que declarou a Orquestra, além de co-fundadora da Orquestra Nacional de Cabo Verde, sendo parte integrante desta. Em janeiro de 2016 a OCC esteve presente e atuou na cerimónia de inauguração do Museu do Tarrafal.
Editou vários CD ́s, e livros.
Enquanto associação, a OCC tem ainda a responsabilidade da gestão cultural do Pavilhão Centro de Portugal (local da sede da OCC). Fomentar a cultura musical, dimensionar a vertente pedagógica e conferir apetência para ouvir e apreciar música erudita, têm sido e continuarão a ser os objetivos deste projeto.
A OCC conta com o apoio Institucional da Câmara Municipal de Coimbra e o apoio da Dgartes | Ministério da Cultura. Tem como Mecenas a EFAPEL. Tem protocolos assinados com várias Câmaras Municipais, Escolas de Música e outras Instituições como sejam a Universidade de Coimbra, o IPC, o ISCAC ou a ESART. Tem o apoio do Diário As Beiras e o Diário de Coimbra, Noticias de Coimbra, Campeão das Províncias, Radio Regional do Centro, RTP e Atena 1, para além de empresas como a Bluepharma ou ASCENDUM. Em fevereiro de 2016, além da sua direção artística geral, apresentou a direção artística estratégica e o seu conselho Cultural.
Em julho de 2013 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultura da Cidade de Coimbra.
Em 2021 assinala o seu 20o aniversário.