Holocausto – ESQUECER NUNCA! Exposição – Pavilhão Centro de Portugal – Coimbra – Inauguração
No âmbito da parceria da Orquestra Clássica do Centro com os Tribunais da Relação do país, tendo o apoio do Município de Coimbra e da Dgartes, e na continuação do programa de colaboração (iniciado em 2020) com o “Projeto Nunca Esquecer – Programa nacional em torno da memória do Holocausto”, é inaugurada a exposição sobre esta temática. Com mais uma destas iniciativas apresentamos um programa que pela imagem, pela voz e pela linguagem universal que é a música, não só lembra as vitimas do Holocausto, como também divulga o papel de quem marcou a História pelas melhores razões, como é o caso do português Aristides de Sousa Mendes.
Neste contexto têm sido promovidas iniciativas que têm como principal objetivo sensibilizar para a tolerância, a não-discriminação, e a importância de não esquecer o que não se deve, nem se pode repetir nunca.
O dia 21 de maio é o Dia Mundial da Diversidade Cultural e para o Diálogo e o Desenvolvimento, proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 2002, em comemoração da aprovação, em 2001, da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural. A declaração da UNESCO estipula que a diversidade cultural é um património comum da humanidade, Conhecer melhor as diferenças entre os povos permite obter uma maior compreensão das vicissitudes, assim como cimentar uma maior união.
Por esta razão, esta exposição é inaugurada no dia 21 de maio, marcando também encontro com o músico e escritor natural do Tarrafal – Mário Lúcio.
Em janeiro de 2016, a OCC participou na inauguração do Museu do Tarrafal a convite do Ministério da Cultura de Cabo Verde, cerimónia que contou com a presença dos Primeiros Ministros de Portugal e Cabo Verde, o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, além de outras altas individualidades dos dois países.
A exposição que agora se inaugura não esquece as memórias do tempo de intolerância política em Portugal, pois o Tarrafal foi o campo de concentração em território ainda sob o domínio português. Também designado por “campo da morte lenta”, funcionou, entre 1936 e 1954, como prisão de oposicionistas portugueses ao regime salazarista, sendo reativado em 1961, com o objetivo de enclausurar militantes dos movimentos que lutavam pela independência das colónias africanas.
Razões por que essas memórias integram esta exposição, pois não as podemos ESQUECER NUNCA.
Inauguração conta com a participação do quarteto de cordas da OCC, que tem interpretado obras sobre esta temática no ciclo de concertos da Justiça.
Música e Liberdade unidas sempre pela causa do Ser com dignidade, de mãos dadas pela coexistência pacífica entre Seres Humanos – iguais em direitos e deveres, ainda que diferentes em termos culturais.
É este mais um contributo (nosso) no grito / apelo à humanização da Humanidade.
“Esquecer os mortos seria permitir que fossem mortos uma segunda vez” Elie Wiesel
Durante a exposição decorrerão vários Encontros com temáticas diversas. O primeiro conta com Mário Lúcio, músico e escritor que terá como tema para a sua intervenção “A usurpação do futuro”. Uma leitura dos comportamentos de aversão à diversidade, sua prática sob o argumento da defesa da moral, da raça, da família, de Deus, da pátria, dos bons costumes, do passado e da miragem do presente. Na verdade, por que existe um padrão de conduta na eliminação do Outro? Qual o propósito último, e qual a causa primeira dos massacres, do Holocausto, das torturas, dos confinantes, do desterro e das prisões arbitrárias? Em face das evidências, o autor propõe para debate alguns caminhos para a convivência harmónica, tanto dos homens, como das nações, do indivíduo, como da colectividade ( Mário Lúcio)
Intervenientes neste encontro serão Luís Azevedo Mendes, Juiz Presidente do Tribunal da Relação de Coimbra e Catarina Romão Gonçalves – Secretária -geral adjunta da Presidência do Conselho de Ministros e membro da Comissão do projeto Nunca Esquecer – programa nacional em torno da memória do Holocausto.
A exposição estará aberta de terça-feira a sábado
entre as 18h e as 19h30.
Reservas de dias e outros horários para grupos,
para occ@orquestraclassicadocentro.org / telm 916994160 / Tel 239824050
Entrada: €5 / €2,50 – Maiores de 65 e menores de 18
O encontro no dia 21 de maio às 18h terá transmissão via Streaming pela Justiça TV
Pode assistir também pelo Facebook da Orquestra Clássica do Centro e do Tribunal da Relação de Coimbra